O dia 2 de Abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Como muitas pessoas não têm informações a respeito do tema, a data visa conscientizar a população, já que, segundo estudos, os casos de autismo são de 1 em cada 68 crianças.
Mas o que é o autismo? O autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno de desenvolvimento. Ele aparece logo nos primeiros anos de vida
Por causa desse transtorno o paciente tem afetados o comportamento, a capacidade de se comunicar e a capacidade de socializar.
Em geral é possível perceber indícios de TEA em uma criança a partir dos 6 meses de vida. O diagnóstico definitivo acontece normalmente até os 3 anos de idade.
Seu diagnóstico é clínico. Através da observação e com ajuda de relatos dos pais é possível diagnosticar se uma criança tem Transtorno do Espectro Autista.
Existem diversos casos diferentes de TEA. Em geral os casos são classificados como leve, moderado ou grave.
- Casos leves
Chamados de Síndrome de Asperger, é comum a criança com essa síndrome possuir uma inteligência acima da média. Muitas vezes a criança passa horas brincando com o mesmo brinquedo ou falando sobre o mesmo assunto. Dificuldade linguística também é uma característica comum.
- Casos moderados
Conhecidos como Transtorno Invasivo de Desenvolvimento, são aqueles em que a criança em geral apresenta menos comportamentos repetitivos, porém maior dificuldade em interação social e mais dificuldades linguísticas que a Síndrome de Asperger. Embora consigam falar e ouvir não são capazes de responder perguntas simples, como qual o próprio nome ou idade.
- Casos graves
Essa categoria aborda 2 tipos diferentes de TEA. O Transtorno Autista e o Transtorno Desintegrativo da Infância. No primeiro caso a criança apresenta dificuldades em manter contato visual, desenvolvimento tardio da linguagem, dificuldades em se comunicar e comportamento repetitivo, como balançar os pés ou bater as mãos. No Transtorno Desintegrativo da Infância, a criança passa a perder as habilidades intelectuais, linguísticas e sociais a partir dos 2 anos e não consegue mais recuperá-las. Em geral não são sensíveis à comunicação, não costumam falar e têm deficiência mental importante.
É importante acabar com o mito de que vacinas causam autismo. Essa mentira absurda leva muitas pessoas a não vacinarem seus filhos, os expondo a diversas doenças que podem ser evitadas.
Também não é possível diagnosticar o autismo antes de a criança nascer. Caso existam casos de TEA em parentes próximos é possível que haja maiores chances de ter outro caso de autismo na família, mas nada diagnosticável durante a gravidez.
Não existe cura para o autismo. Por mais que pesquisas sejam feitas em todo o mundo visando curar esse transtorno, hoje não temos um medicamento capaz de curar os casos de TEA.
Porém existem diversas maneiras de tratar o autismo e diminuir seus efeitos.
Formas de tratar o autismo
- Exponha a criança ao convívio social. Introduza-a aos poucos a outras crianças para que ela não se isole do mundo
- Não encoraje a criança a gastar muitas horas do dia com seu único objeto de interesse, pois isso fará com que ela se feche para o mundo
- A fonoaudiologia pode auxiliar a criança no desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal
- O acompanhamento pediátrico é muito importante para descobrir padrões de comportamento da criança e tratá-la de forma gradual
- Existem medicações que podem auxiliar as crianças com TEA. Mas esses medicamentos dependem da sintomatologia do paciente. Em pacientes com dificuldade de interação a medicação administrada deve ser focada nisso. Em casos mais severos, onde as crianças se agridem, são administrados medicamentos para acalmá-las.
Pais devem ficar atentos
Existem alguns indícios que podem indicar que a criança tenha TEA. Por isso é necessário que os pais estejam atentos a comportamentos como:
- Limitação de interesses ou obsessão em um único assunto ou objeto
- Dificuldades de interação social
- Fazer a mesma atividade repetidamente por muito tempo
- Dificuldade de focar o olhar em outra pessoa por não querer manter contato visual
- Falta de interesse em outras pessoas.
É importante que se saiba que crianças com autismo podem crescer de forma saudável e terem vidas funcionais.
Cada caso é diferente do outro e é preciso entender as características apresentadas pela pessoa com TEA e se adequar a elas.
Uma criança com autismo, assim como qualquer outra criança, precisa de carinho e assistência.